A startup Gamaya, cujas ferramentas analíticas preditivas cobrem aproximadamente 15% da área de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, afirma que apesar dos desafios contínuos devido às chuvas abaixo do esperado nos primeiros meses desta safra, vê alguma melhora para 2022 vs. 2021 na produção total de açúcar (+3%).
Os modelos analíticos da Gamaya indicaram que até 15/08 foram colhidas cerca de 321 milhões de toneladas de cana (59%), com rendimento médio de 77,3 de toneladas de biomassa por hectare e 136,7 Kg de açúcar por tonelada de cana. Para a área restante (3,1 milhões de hectares) esperamos que o TCH seja 13% superior ao mesmo período da safra anterior, bem como a qualidade da matéria-prima (Kg ATR/ton de cana) seja 3% inferior ao mesmo período.
Com base em nossas análises semanais, também notamos no início da safra a influência de fatores que atrasaram o início da colheita e uma biomassa um pouco maior em relação à safra passada. Isso fez com que o processo da colheita estivesse 9% atrás da colheita do ano passado na mesma data. A área colhida de 15/08 até o final da safra é de 41% da área total, portanto 3,1 milhões de ha a serem colhidos, ao mesmo tempo que estimamos que a biomassa seja 13% superior ao mesmo período da safra anterior, pois como resultado, a colheita da safra atual pode durar até meados de dezembro.
Embora os números pareçam muito preocupantes, é preciso lembrar que a safra do ano passado foi significativamente prejudicada por eventos extremos de seca e geadas no início da safra, e que também impactaram as condições da soqueira, causando um atraso de 40-45 dias no início do ciclo de desenvolvimento. Esta situação reduziu significativamente o rendimento de biomassa e consequentemente reduziu também o rendimento de açúcar no início da safra. As boas condições climáticas em Janeiro e Fevereiro possibilitaram recuperar parte da produtividade afetada no início do ciclo de desenvolvimento, no entanto, a pouca quantidade de chuvas no outono e o atraso no início da safra não foram suficientes para retomar a produtividade média esperada. No momento, Gamaya avalia que a produção total de açúcar esperada pode estar a 95% dos níveis médios dos últimos 5 anos.
Diz Yury Vasilkov, CEO da Gamaya, “Nossas ferramentas de análise preditiva atualizam as previsões semanalmente, usando dados agronômicos, informações meteorológicas, imagens de satélite e progresso da colheita. Com a maior base de dados independente de cana-de-açúcar para o Brasil e base de clientes espalhados pelas principais regiões de cultivo, podemos ter um bom nível de confiança nas perspectivas de safra e agregar valor aos nossos clientes nos negócios de moagem e comercialização de açúcar.”
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